Pulso do Tempo

Bate coração, bate!
Contorce-se e entorna o que te invade.
Vida que flui escarlate,
Abrigo-me sossegado em teu baluarte

Até vejo, o beijo!
Quem mais me teria num lampejo?
Quando provas o gole à seco
Afogando-se num minuto de desejo.

Ouvindo músicas da infância,
Belos lapsos de lembranças,
Na apneia que segue à dança
Passos riscam linhas brandas.

Um acorde tônico que finda
Acorda-me do entôrpe que me prendia ainda.
Lúcido, contemplo a sina...
Dobra sino que domina!

Dos meus devaneios poucos não são causados por ti:
O sino que domina.

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